RADIOATIVIDADE: BOMBARDEAMENTOS ATÔMICOS EM HIROSHIMA



Em meados de agosto, em 1945, ano do fim da 2º Guerra Mundial, um fato marcou para sempre a história da humanidade. Após a rendição da Alemanha nazista, em maio do mesmo ano, os EUA decidem destruir totalmente, e da maneira mais precisa possível, o império Japonês. E os alvos principais desse plano de extermínio terrorista foram Hiroshima e Nagasaki. O estado norte-americano utilizou diversas formas de atacar o Japão, dentre as quais se destacam ataques aéreos, térreos, e ainda, com utilização de bombas atômicas de poder inigualável. O período que se estende até dois meses após a rendição alemã, por ter sido realizado às margens do Oceano Pacífico, ficou conhecido como "Guerra do Pacífico".

O principal objetivo da potência econômica era estabilizar os intuitos de guerra que ainda remanesciam sobre a população japonesa, ou seja, aterrorizar uma nação já abalada econômica e socialmente. Assim sendo, dava-se maior atenção à indústria japonesa, ou seja, esta era o principal alvo norte-americano. Os civis que trabalhassem em construção de munições e armas de guerra, seriam certamente derrotados. Já que a interferência pelo território japonês não obteve sucesso, devido à posição estratégica do país oriental, os Estados Unidos decidem usar uma tática recém-criada, e, portanto, nunca utilizada antes em guerras: As bombas atômicas.

Para pôr em prática o que havia planejado, o país contrata diversos cientistas e engenheiros, alguns vindos de território alemão. Mas, antes do lançamento, foram feitos alguns testes em 16 de julho, no deserto de Alamogordo, no estado do Novo México para comprovar os efeitos da bomba atômica, onde foi testada uma de Plutônio, que tem potencial de destruição maior que o Urânio. Prontos os projéteis, a primeira bomba, intitulada vulgarmente de “Little Boy” (deixando subentendido de que havia algo muito mais potente preparado para breve), foi lançada no dia 06 de agosto de 1945, por Claude R. Eatherley. O acionamento aconteceu apenas no momento em que as condições meteorológicas eram favoráveis.

Mesmo tendo sido acionada a mais de 500 metros 
acima no solo, o bombardeamento dizimou a maioria da população, em certo período após a explosão. Cerca de 50 mil indivíduos morreram no atentado, e 80 mil ficaram 
feridos. Devido a alta incidência radioativa, 130 mil pessoas
 morreram posteriormente, vítimas de câncer e também de 
problemas de saúde relacionados a exposição excessiva às 
substâncias e também a envenenamentos. A bomba atômica 
era constituída de 64 kg de Urânio 235, que acarretaram em uma enorme liberação de energia em forma de calor, tendo a bomba chegado o equivalente a 15 mil toneladas de TNT de potência. 

Esta explosão foi enorme com uma pressão extrema a 570 metros do hipocentro, tendo uma força de 19 toneladas por metro quadrado. Com essa grande explosão, construções que estavam bastante distantes do local foram atingidas, além das vitimas que foram lesadas por perfurações ao serem atingidas pelos vidros das janelas estilhaçadas, que saíram com uma velocidade enorme.

Esse fato mostrou que os Estados Unidos, em sua grande parte, são movidos por interesses, tanto políticos como econômicos e não pensa nos milhares de habitantes, que não tinham nada a ver com o conflito, que morreram em consequência desse ato. A radioatividade deve ser usada em benefício da humanidade, não para destruí-la.

Em razão a esse motivo, o poeta e escritor brasileiro Vinicius de Moraes, manifestou toda sua indignação e crítica aos ataques em Hiroshima e Nagasaki. Ele deu ênfase ao primeiro acontecimento, e, em seu poema, A Rosa de Hiroshima, imortalizou essa catastrófica tragédia. Em alguns trechos, deixa evidente o quão devastador é a radioatividade, e lança o convite para que as futuras gerações possam se conscientizar de quanto à razão humana em favor a ciência pode ser inovadora, e ao mesmo tempo, retrocedente a ponto de provocar tamanha atrocidade.



Mas, o que têm a haver as bombas atômicas com a Química? Tudo. Os artefatos explosivos feitos pelos Estados Unidos são constituídos de uma substância altamente radioativa: o urânio. Os mísseis são acionados quando são bombardeados nêutrons ao átomo de Urânio, em velocidade extremamente elevada, ocasionando em sua quebra, a liberação de uma extraordinária quantidade de energia. Porém, após ser quebrado, a partícula libera 3 novos nêutrons, que irão destituir 3 novos átomos, formando assim uma reação nuclear em cadeia, que gerará uma enorme explosão. O que ocorrerá posteriormente será a saída de intensa quantidade de radiação, que poderá acarretar gravíssimos problemas à saúde, se atingir algum indivíduo.

As células expostas à radiação sofrem danos em seu material químico, podendo ocasionar em sua morte, ou mesmo, em ritmos elevados de sua divisão celular, produzir mutações em quem foi afetado.

Por ser tratar da divisão de um átomo, para gerar outros dois menores, a reação descrita acima se intitula “Fissão Nuclear”. Outro átomo muito utilizado para realização das fissões nucleares é o Plutônio, pois, possui uma forma semelhante de desintegração ao se colidir com nêutrons.

A equação química a seguir esquematiza a fissão nuclear do urânio:

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